Não importa como você chama ele hoje em dia: Dancehall, Pop-reggae, Samba-reggae, Dub, Rockers ou Roots — o ritmo de Reggae persiste e leva o gênero para além da música. Sua história é recheada de misturas de estilos e sabores. Então, fique ligado que neste artigo mostraremos 4 curiosidades sobre o Reggae.

1. O INÍCIO DE TUDO

Muita gente já sabe que o ritmo de Reggae tem origem na Jamaica. Foi lá em 1967 que foram lançadas algumas músicas que datam o início do Reggae como conhecemos hoje. Elas misturavam, pela primeira vez, o Rocksteady e o Ska — ritmo bastante explorado pelo Skank, daí o nome do grupo skunk (tipo de maconha) + Ska (gênero musical)

Alguns artistas notáveis dessa época foram o Jimmy Cliff, Johnny Nash e a banda The Wailers — com Peter Tosh, Bunny Wailer e Bob Marley.

Já no Brasil, a música Reggae se iniciou no Maranhão. Sendo discotecado nas radiolas, rapidamente se tornou protagonista dos bailes nos anos de 1970. Impulsionado pelos sistemas de som, o Reggae enraizou e trouxe lendas jamaicanas para residir no estado — o que gerou o apelido de segunda nação do Reggae, ou, Jamaica brasileira.

2. MAIS DO QUE APENAS MÚSICA

Para muitos de nós em 2019, o ritmo do Reggae proporciona momentos de relaxamento e diversão com os amigos. Porém, a base desse estilo tem raízes profundas no ativismo negro, na expressão artística de pessoas sofridas com a devastação da guerra e na religião Rastafári.

Muitos músicos eram rastafáris e utilizaram o Reggae para difundir sua mensagem religiosa de:

paz;

amor;

igualdade;

liberdade;

resistência;

respeito a natureza.

3. O FUMO DA SABEDORIA

Ainda aplicando os conhecimentos do Rastafári, a ganja (outro nome para maconha) é considerada sagrada e só deve ser fumada em rituais específicos, para aliviar sintomas de doenças, buscar sabedoria e reflexão, alcançar paz de espírito e iluminação.

Por isso, a Cannabis também é muito associada ao ritmo de Reggae. Ela estimula a criatividade e, como dissemos, muitos rastafáris eram cantores do gênero, levando a erva para sua arte e vice-versa. Então, enquanto eles estavam usavam a ganja por seus motivos religiosos, o resto do mundo achava que eles eram apenas maconheiros que curtiam uma música mais lenta e ritmada.

Aí nasceu mais um estereótipo ligado a erva, mas que nem sempre é verdade. O Reggae é um estilo musical que agrada muitas pessoas, inclusive quem é Rastafári e quem não gosta de maconha.

4. ALÉM DE BOB MARLEY

Bob Marley foi o principal difusor do ritmo de Reggae no mundo, vendendo mais de 75 milhões de discos. Mas, você sabia que existem vários artistas notáveis nesse gênero que vieram antes e depois do tio Bob? Veja a lista:

– Hold Me Tight de Johnny Nash foi o primeiro hit do Reggae, em 1968;

– Johnny Nash também teve outros sucessos, como I Can See Clearly Now, famosa na voz de Jimmy Cliff nesta versão de 1993;

– Ziggy Marley mistura Rap e Reggae em suas músicas — e sim, ele é um dos filhos de Bob Marley;no Brasil, um dos maiores artistas do estilo é Gilberto Gil, que mistura MPB e Reggae em suas músicas, além de ter trazido o gênero para cá.

O Reggae ganhou força nos anos de 1980 e 1990, mas ainda é muito popular, se sustentando em bandas tradicionais como Natiruts, Planta e Raiz, Tribo de Jah e Chimarruts. No exterior, a vertente preferida é o gênero de fusão que mistura vários estilos com esse ritmo da Jamaica.

Independentemente de qual ritmo de Reggae você prefere, não podemos esquecer de suas origens Rastafári e afro, como fonte política para o povo liberto da Jamaica.

noticia retirada do site “portalr10”